Delminda Silveira de Souza

Delminda Silveira de Sousa, nascida em Desterro (hoje Florianópolis) em 27 de janeiro de 1856 e falecida na mesma cidade em 12 de março de 1932, foi uma notável professora e escritora brasileira. Ela dedicou parte de sua vida ao magistério, atuando como professora no Colégio Feminino Coração de Jesus, em Florianópolis.

Delminda fez parte de um seleto grupo de mulheres que integravam o Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, destacando-se ao lado de figuras como Veridiana da Silva Prado, Júlia Lopes de Almeida e Maria Olga de Moraes Sarmento da Silveira. Juntas, elas representavam apenas 16 mulheres entre 1000 associados nos primeiros 20 anos do instituto.

Em 1914, Delminda publicou “Cancioneiro”, seu segundo livro, que consiste em uma coleção de hinos e poesias comemorativas das principais datas nacionais. Esta obra foi oficialmente adotada em todos os estabelecimentos de ensino de Santa Catarina por decreto do Governador Vidal Ramos, evidenciando a relevância de seu trabalho literário.

Delminda Silveira de Sousa foi a primeira mulher a se tornar membro titular da Academia Catarinense de Letras (ACL), assumindo a cadeira 10 aos 66 anos de idade. Além disso, ela é reconhecida como a patronesse da cadeira número 3 da mesma academia, refletindo seu pioneirismo e influência no cenário literário catarinense.

Delminda Silveira de Sousa está sepultada no Cemitério do Hospital de Caridade de Florianópolis. Sua vida e obra continuam a ser lembradas como marcos importantes na história da educação e da literatura em Santa Catarina. A Academia Itapemense de Letras homenageia sua memória, designando-a como a patronesse da cadeira número 15, em reconhecimento ao seu papel pioneiro e às suas contribuições significativas para a cultura e educação brasileiras.