Por Maria de Lourdes Cardoso Mallmann, 2011
Meu nome completo é Maria de Lourdes Cardoso Mallmann mas me chamam de Mariazinha Nasci em Santa Rosa RS no dia 12 de janeiro de 1939.
Sou uma mulher guerreira, luto pelo que acredito e não desisto de meus sonhos.
Meus pais foram pessoas incríveis. Éramos 7 filhos e todos estudamos em bons colégios, nos formamos, apesar das dificuldades da época, e fomos capazes de exercer nossas profissões com dignidade.
Minha inclinação para as letras surgiu desde a infância sob os olhares e atenção de meu Pai. Saciava minha curiosidade literária na sua Biblioteca com centenas de livros de toda espécie. Foi com ele que aprendi a ser crítica e observar as entrelinhas.
Com 12 anos li um romance de Gilda de Abreu, “Aleluia Cigana” que me emocionou e a partir dele, escrevi a minha primeira história que infelizmente se perdeu. Minha infância foi maravilhosa, minhas imagens do passado são festas familiares, noites natalinas, ninhos escondidos, horas passadas na Biblioteca, cheiros de doces e comidas da minha mãe, tardes de férias lendo à sombra dos cinamomos de nosso quintal
Na Escola fazia teatro, decorava com facilidade e punha muita expressão nas apresentações. Da minha juventude lembro a turma, os flertes no colégio, os passeios, os pic-nic que fazíamos, as noites enluaradas em que eu sonhava e fazia poesia….
A mais profunda paixão sempre foram os livros e a escrita. Minha maior surpresa era descobrir a cada dia novas possibilidades de ser feliz.
Conheci meu marido numa ilha e foi amor primeira vista. Nos casamos tivemos 7 filhos, e já realizamos as Bodas de Ouro.
Para escrever uso o processo de criação seguindo minha intuição e inspiração do momento. Dificilmente planejo o que escrever a não ser, é claro, quando escrevo crônicas. Não sou escritora o tempo integral e a Filosofia é outra parte importante da minha vida onde a reflexão se faz presente em todos os momentos. Confesso que sou extremamente crítica quando escrevo, e me censuro muito, imaginando ser um leitor de mim mesma e procurando escrever o que eu gostaria de ler.
Na história de minha vida não mudaria muita coisa, mas agiria com mais cautela. Aprovo e aceito a intervenção divina como orientação pessoal.
O que me fascina num livro é exatamente a expectativa do que vou ler, a magia que vai me envolver e cada livro que leio, é uma nova visão que tenho, pois entendo ser essa, a dimensão de uma boa leitura.
Como Acadêmica percebo a importância da divulgação da Cultura, o gosto pela leitura e uma formação mais erudita. Como pessoa humana e como Filósofa entendo a grandiosidade de Deus na concessão da inteligência, que nos permite compreender, através dos sinais gráficos, toda a magnitude de se poder ler, escrever e criar!